Salva pela Justiça – Marileide não conheceu os país e era obrigada a trabalhar desde criança sem direito a estudar. Hoje ela é advogada

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Salva pela Justiça – Marileide não conheceu os país e era obrigada a trabalhar desde criança sem direito a estudar. Hoje ela é advogada

  

Porto Velho - RO – Há pouco mais de duas décadas, o o exemplo de um magistrado dedicado à causa da Justiça, mexeu com os sentimentos de uma menino abandonada pela família, vítima de uma adoção à brasileira, raquítica, desorientada, que aos 14 anos vivia de casa em trabalhando como doméstica e – não rara vezes – impedida de frequentar a escola. Essa é a parte da história da paranaense Marileide Silva, que àquela altura viviam ao mesmo tempo, a angústia de não saber de que família nasceu e de não poder estudar.

Um dia, o destino fez com que Marileide, em um de sua saída para comprar pão a mando dos patrões, passasse em frente em frente à promotoria de Justiça. Ela não sabia o que era promotoria, mas a palavra Justiça “aqueceu o seu coração”, como a própria Marileide Silva relata ao relembrar a sua história. Ela decidiu entrar e contar tudo que estava passando, situação que desconfiava não estar correta.

“Eu não sabia quem eram meus pais biológicos, vivia de família em família, sempre tendo de trabalhar como doméstica e sem oportunidade de estudar”, rememorou. A promotora Luciana levou a menina imediatamente para o Fórum, e, diante do juiz Mário Milani, a época titular da comarca de Presidente Médici, Marileide repetiu as vulnerabilidades que enfrentava, inclusive no próprio corpo. “Eu era muito magra. Raquítica mesmo. O juiz ficou impressionado com a minha aparência e até me encaminhou para o médico”, disse.

Além disso, o magistrado entrou em contato com a comarca de Goioerê-PR, de onde a menina se lembrava de ter vindo, com a primeira família a ter sua guarda. “Como eu tive uma adoção à brasileira, não tinha meus direitos garantidos”, conta. O juiz conseguiu para ela a segunda via do Registro Civil, um ofício determinando sua matrícula na Escola Emílio Garrastazu Médici, em Presidente Médici, e até uma nova família para acolhê-la, ligada à Pastoral da Criança.

“Como eu já tinha 14 anos, foi mais um apoio mesmo. Só aceitei ir para uma nova casa porque o juiz garantiu que eu não seria maltratada, e, realmente, não fui. Depois, ainda morei com outra família porque queria trabalhar fora, ter meu próprio sustento. Sempre que tinha alguma dificuldade eu ia contar para o juiz”, destacou a agora advogada paranaense, hoje com 41 anos.


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