Estado Islâmico perde segundo líder neste ano

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Estado Islâmico perde segundo líder neste ano

Abu al-Hasan morreu lutando 'contra os inimigos de Deus' e Abu al-Hussein assumirá o seu lugar, diz porta-voz da organização

Porto Velho, RO
- O grupo Estado Islâmico anunciou nesta quarta-feira a morte de seu líder, o iraquiano Abu al-Hasan, informando que ele foi morto "enquanto lutava contra os inimigos de Deus". Al-Hasan estava no posto há menos de um ano, após substituir Abu al-Ibrahim, morto em fevereiro durante um ataque das forças especiais dos EUA no Noroeste da Síria.

O porta-voz do grupo jihadista, Abu Omar al-Muhajir, não forneceu mais informações sobre as circunstâncias ou a data da morte, mas anunciou, em mensagem de áudio, a nomeação de Abu al-Hussein al-Husseini al-Qurashi, um jihadista “veterano”, como o novo "califa dos muçulmanos". O novo líder, tal como os seus antecessores, inclui no seu nome al-Qurashi, uma referência à tribo do profeta Maomé e por isso o novo líder é considerado um dos seus descendentes.

A Casa Branca saudou a notícia da morte de al-Hasan, disse o porta-voz do Conselho de Segurança nacional dos EUA, John Kirby, a repórteres.

— Congratulamo-nos com o anúncio de que outro líder do EI não está mais andando na face da Terra — declarou.

A notícia, no entanto, contradiz os relatos da captura de Abu al-Hasan na Turquia. De acordo com um relatório do repórter investigativo turco Toygun Atilla, al-Hasan foi apanhado em maio durante uma ação das forças americanas em seu esconderijo em Istambul.

Muitos acreditam que Abu al-Hasan era apenas um nome de guerra e que o Estado Islâmico nunca identificou formalmente a pessoa por trás do nome. De acordo com um relatório da VICE, acredita-se que Abu al-Hasan seja Juma al-Badri, o irmão mais velho do primeiro líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, morto durante um ataque dos EUA na Síria em 2019.

Hassan Hassan, editor-chefe da Newlines Magazine e coautor do livro "ISIS: Inside the Army of Terror" (EI: Por dentro do Exército do Terror), disse no Twitter que um cenário "sem precedentes", mas possível, era que Hashimi "foi morto 'acidentalmente' durante um ataque ou combate sem que ele fosse conhecido por quem o matou".

O Estado Islâmico conquistou grandes territórios na Síria e no Iraque em 2014 e chegou a controlar um território de mais de 40 mil quilômetros quadrados, mas seu autoproclamado "califado" caiu após ofensivas em 2017 e 2019, respectivamente.

Desde então, a organização do grupo foi enfraquecida pela morte ou captura de seus líderes, uma nova tática adotada pelos EUA depois que o grupo passou a reorganizar sua estrutura interna, na tentativa de se fortalecer, e começou a ressurgir na Síria no início do ano.


Fonte: O GLOBO

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