Professores de escolas indígenas da região do Madeira Mamoré participam de encontro pedagógico

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Professores de escolas indígenas da região do Madeira Mamoré participam de encontro pedagógico

Após quase dois anos sem capacitação presencial, o encontro reuniu os professores da região do Vale do Mamoré

Professores indígenas e não indígenas lotados na rede de ensino do Estado na região do Vale do Mamoré, compreendendo Guajará-Mirim, Nova Mamoré e distritos, reunidos no auditório da Universidade Federal de Rondônia (Unir)/Campus de Guajará-Mirim para uma capacitação presencial. O treinamento acontece depois de quase dois anos devido a pandemia da covid.

O encontro pedagógico com o tema “Outros olhares e novos caminhos: planejar, ensinar e avaliar”, foi ofertado para os 134 professores lotados nas 34 escolas indígenas existentes em Guajará-Mirim e Nova Mamoré que integram os Polos Terrestre, Pacaás Novos, Mamoré e Guaporé.

Foram abordados temas como fundamentos e práticas no processo de avaliação; formação para acolhimento no contexto sócio emocional; mediação tecnológica; inspeção escolar; arte e a educação física interdisciplinar; processo de alfabetização com professores indígenas e informes gerais. O Setor de Educação Escolar Indígena (Seei), da Coordenação Regional de Ensino (CRE), por meio da Secretaria de Estado da Educação foi responsável pelo treinamento.

O ano letivo de 2021 foi encerrado recentemente, o encontro foi considerado uma importante ferramenta para aquisição de conhecimentos, destacou o professor indígena há 23 anos e vereador Wem Cacami Cao Orowaje.

Professor e indígena, Wem Cacami destaca a importância da capacitação

“O encontro pedagógico direcionado aos professores indígenas, que estão retornando agora de forma presencial, é de grande importância não só para nós mas também para nossos alunos”, destacou o professor Cacami da escola indígena Paulo Saldanha Sobrinho, localizada na aldeia Sagarana.

A chefe do setor de educação escolar indígena Jap Verônica Oro Mon destacou o encontro além de contribuir para prática pedagógica dos professores, serviu também como uma formação contínua. Lembrou que os professores, as escolas e a população indígena precisam se readaptar, se reinventar. Ainda frisou que um dos objetivos do setor indígena é contribuir para melhorar o ensino aprendizagem dos alunos indígenas.

O acolhimento presencial dos professores é importante tendo em vista que as aulas nas escolas indígenas ficaram paralisadas durante um ano e meio, retornando em agosto de 2021, mediante a uma nova portaria estabelecida pela Seduc. O ano letivo de 2021 encerrou agora no dia 13 de abril, e em seguida no dia 14 de abril iniciou o ano letivo de 2022. “Queremos contribuir com a prática dos professores com a aquisição de novos conhecimentos, novas metodologias que contribuirão na prática pedagógica dentro das escolas indígenas”, ressaltou Jap.

A professora Roseane Oliveira de Souza, coordenadora em exercício da CRE; a professora Eucine Oliveira Pires Santos, coordenadora da CRE, no momento de licenciada; o secretário regional da Casa Civil, Flávio Derzete da Mota; e professores da rede estadual prestigiaram a abertura do evento.

Fonte: Oobservador

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