Entidades de profissionais de saúde pedem para proibir cigarros eletrônicos

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Entidades de profissionais de saúde pedem para proibir cigarros eletrônicos

Entidades alertaram sobre risco à saúde pública e criticaram as empresas de tabaco do país.

A AMB (Associação Médica Brasileira) e outras entidades de profissionais de saúde divulgaram nota nesta 2ª feira (09) pedindo para proibir a comercialização, importação e propagandas de qualquer tipo de cigarro eletrônico. O documento afirma que os DEF (Dispositivos Eletrônicos para Fumar) são uma “ameaça à saúde pública” por apresentara uma “combinação de riscos” e por “atrair pessoas que nunca fumaram, persuadidas pelos aromas agradáveis”. 

A declaração diz que os cigarros eletrônicos contêm “nicotina e várias dezenas de substâncias químicas, incluindo cancerígenos comprovados para o pulmão, bexiga, esôfago e estômago”.

O grupo de médicos destacou o risco de explosões do dispositivo e intoxicação. E também criticou a manobra feita pelas empresas de tabaco do país para que o cigarro seja amplamente vendido.

“De forma sorrateira, a indústria do tabaco lançou esses produtos no mercado usando duas estratégias principais: o discurso de redução de danos em relação ao tabagismo convencional e como opção de tratamento para cessação dos cigarros combustáveis. Outra jogada foi propalar que os produtos não contêm monóxido de carbono e, assim, tentar normalizar o seu uso, inclusive em ambiente fechado”, afirmou a nota da AMB.A manifestação assinada pela AMB e outras associações de profissionais da saúde foi divulgada depois que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prorrogou o prazo para receber informações técnicas e científicas sobre os cigarros eletrônicos. A nova data limite para envio das contribuições é 10 de junho.

Desde de 11 de abril, o órgão está recolhendo contribuições por escrito e on-line na chamada etapa de participação social, que tem o objetivo de “reunir evidências técnicas e científicas” sobre o tema, e não realizar uma votação ou enquete.

A Anvisa proíbe a comercialização, importação e propaganda desses produtos desde 2009. Em abril, um grupo técnico da agência sugeriu que seja mantida a proibição de importação, comercialização e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil. Segundo os integrantes do órgão, a liberação, além de “tecnicamente inviável”, é “potencialmente lesiva à saúde pública”.


Fonte: Poder360

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