Duelo na Fronteira - Malhadinho é campeão do 23º Festival Folclórico de Guajará-Mirim e conquista tricampeonato consecutivo

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Duelo na Fronteira - Malhadinho é campeão do 23º Festival Folclórico de Guajará-Mirim e conquista tricampeonato consecutivo

O boi-bumbá Malhadinho, símbolo das cores azul e branco e marcado pela tradicional meia-lua na testa, é o grande vencedor do 23º Festival Folclórico de Guajará-Mirim – Duelo na Fronteira. A agremiação alcançou excelentes pontuações nos 21 itens avaliados pela comissão julgadora e garantiu o tricampeonato consecutivo, somando agora 11 títulos da competição.

A apuração, realizada na noite desta segunda-feira, 17, no Bumbódromo Márcio Paz Menacho, reuniu as torcidas azul e branco e vermelho e branco em clima de emoção e expectativa.

Apresentações marcadas por emoção e força amazônica

O Malhadinho iniciou sua participação oficial na sexta-feira , 14, apresentando o espetáculo “Somos Amazônidas”, que exalta a diversidade, espiritualidade, resistência e ancestralidade dos povos da Amazônia.

Apesar do atraso provocado pela chuva, o boi entrou na arena por volta da 1h, mas teve sua apresentação interrompida após uma hora, conforme previsto no artigo 15 do regulamento — que trata da suspensão por motivos de segurança.

Os itens apresentados foram devidamente registrados. Aqueles que não puderam ser mostrados devido à interrupção receberam as mesmas notas atribuídas ao boi Flor do Campo em sua apresentação, conforme regra da competição.

No domingo, 16, o Malhadinho finalizou as apresentações da última noite do festival.

Somos Amazônidas”: arte, tradição e resistência.

Do início ao fim, o espetáculo do Malhadinho foi marcado pela intensidade da toada puxada pela Banda Marujada, que conduziu o ritmo e a emoção da apresentação.

A agremiação ergueu sua bandeira para celebrar a força do povo amazônida — herdeiro de histórias, rituais, fé e resistência.

A cenografia, fantasias e alegorias chamaram atenção pelo cuidado estético e pela explosão de cores que representaram a alma do boi azul e branco, reforçando sua essência artística e cultura.

Segundo a presidência do boi, o trabalho realizado mantém viva a tradição de usar a arte como instrumento de transformação social, fortalecendo corpo, mente e autoestima de crianças, jovens e adultos que integram a agremiação.


         Ensaios, festival e organização

Com entrada gratuita, o festival teve início na quarta, 12, e quinta-feira, 13, com ensaios gerais no Bumbódromo. As apresentações valendo pontuação começaram na sexta , 14.

O evento é organizado pela Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), em parceria com a Associação Cultural Waraji e a Prefeitura de Guajará-Mirim.


Itens avaliados pela comissão de jurados:

Os jurados analisaram 21 itens, entre eles:


Apresentador


Levantador de Toada


Batucada/Marujada


Ritual Indígena


Porta-Estandarte


Amo do Boi


Sinhazinha da Fazenda


Rainha do Folclore


Cunhã-Poranga


Evolução do Boi


Pajé


Tribos Indígenas


Tuxauas


Alegorias


Lenda Amazônica


Vaqueirada


Galera


Coreografia, entre outros.

História do Malhadinho

Criado em 1986, o Malhadinho nasceu como um projeto social idealizado por Leonilso e Edilza Souza, com o propósito de envolver crianças e jovens em atividades culturais e educativas.
Desde então, tornou-se um dos maiores símbolos de identidade, resistência e inclusão em Guajará-Mirim.

Atualmente, a agremiação é presidida por Camila Miranda, que conduziu a equipe ao tricampeonato.

Duelo na Fronteira: patrimônio da cultura rondoniense.

Criado em 1995, o Duelo na Fronteira é reconhecido desde 2023 como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Rondônia, celebrando a fusão das culturas indígena e cabocla da Amazônia.
Hoje, é um dos maiores festivais folclóricos do estado e uma referência de preservação cultural na região de fronteira.

Fonte: O MAMORÉ // Fotos: Rondoniavirtual 
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