Seca do rio Palmeiras ocorreu devido às mudanças climáticas associadas ao fenômeno El Niño
Porto Velho, RO - Em resposta à situação da seca do rio Palmeiras, principal fonte que abastece a população de Espigão do Oeste, a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – Caerd mobilizou uma equipe para avaliar a situação do manancial e criar estratégias para minimizar os impactos da escassez hídrica junto às famílias locais. A seca do rio ocorreu devido às mudanças climáticas associadas ao fenômeno El Niño.
Com o apoio de um empresário local que disponibilizou água represada em sua fazenda, a Companhia realizou uma manobra engenhosa, instalando tubos para canalizar a água da barragem para o rio Palmeiras. Quinhentos metros de tubulação foram instalados sob a supervisão do engenheiro da Caerd, Vagner Zacarini, para garantir que a água da represa chegasse à Estação de Tratamento de Água – ETA do município e, a partir dali, fosse distribuída à população.
Foram instalados 500 metros de tubulação da represa até leito do rio Palmeiras
Segundo o diretor técnico operacional, Lauro Fernandes, mesmo durante os dias mais críticos, o sistema de distribuição continuou a funcionar com capacidade reduzida até que uma solução fosse encontrada. “Caminhões-pipa da Companhia foram enviados imediatamente para atender às famílias afetadas”, afirmou.
Uma força-tarefa envolveu caminhões-pipa da estatal, do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes – DER e das prefeituras de Espigão do Oeste e Pimenta Bueno na distribuição porta a porta, especialmente nas áreas mais elevadas da cidade aonde a água não chegava aos reservatórios.
Caminhões-pipa da Companhia foram enviados imediatamente para atender às famílias afetadas
O presidente da Caerd, Cleverson Brancalhão, explicou que, com os reservatórios da companhia cheios no domingo (29) e a rede 100% pressurizada, as comportas da represa foram fechadas para evitar transbordamentos. “No entanto, o momento é de alerta e a colaboração da população é essencial para economizar água, uma vez que os órgãos de monitoramento climático preveem que a seca histórica continuará até o final de novembro. Em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental – Sedam, estão sendo realizados estudos para avaliar o impacto do transbordo de mananciais que possam ajudar a suprir a região durante esse período,” destacou.