Repórter da TV Globo por 21 anos, Veruska Donato processa emissora por pressão estética e etarismo

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Repórter da TV Globo por 21 anos, Veruska Donato processa emissora por pressão estética e etarismo

 

Reprodução/TV Globo


Pòrto Velho RO - Repórter da TV Globo por 21 anos, Veruska Donato entrou com um processo contra a emissora. Segundo a jornalista, ela sofria assédio moral para se enquadrar no padrão de beleza imposto pela empresa. O processo, que teve detalhes divulgados pela coluna "Notícias da TV", pode render R$ 13 milhões à jornalista, caso a Globo seja condenada. Recentemente, Bruna Marquezine pagou mais de R$ 31 mil a um ex-motorista após um processo.

Na documentação anexada ao processo, Veruska comprova sua versão com e-mails recebidos de Cristina Piasentini, diretora de Jornalismo da Globo em São Paulo, entre 2008 e 2020, e Ana Escalada, que na época era chefe de redação e que, com a saída de Cristina, passou a ocupar o cargo de direção.

Nas mensagens, ambas cobram que as repórteres usem roupas comportadas e que não marquem quadris e barriguinhas salientes. Pedem ainda que todas mantenham uma dieta equilibrada para evitar o ganho de peso e as unhas feitas. Por causa do passar do tempo, Veruska, que já estava prestes a completar 50 anos, também era cobrada por suas rugas e flacidez da pele.

Veruska Donato desenvolveu Síndrome de Burnout - Por causa da série de pressões estéticas e também cobranças por produtividade no trabalho, Veruska Donato desenvolveu a Síndrome de Burnout, caracterizada por sintomas de estresse e esgotamento físico ligados ao excesso de trabalho.

Depois de uma extenuante cobertura jornalística durante a pandemia da Covid-19, doença que vitimou Paulo Gustavo, entre outros milhares de anônimos e famosos, Veruska saiu de licença médica após ter sua "incapacidade para o trabalho" comprovada pelo INSS. Depois de 77 dias fora da redação, a jornalista foi demitida 5 dias após voltar ao trabalho o que, segundo os advogados que a representam, configura uma prática ilegal, já que a lei trabalhista assegura ao empregado 12 meses de estabilidade [sem justa causa] após doença laboral adquirida.

Na ação, Veruska também pede reconhecimento de vínculo empregatício, pois, segundo ela, a emissora só assinou sua carteira de trabalho nos dois últimos anos de ofício. Em todos os outros anos a jornalista atuou como Pessoa Jurídica.


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