Popular, o antigo mandatário do Estado quer porque quer mandar de novo em Rondônia. Vai depender da boa vontade do Supremo (STF)
Porto Velho, RO - Ivo Cassol vem aí? Se depender da visão otimista de sua banca de advogados, sim, claro, óbvio, certamente.Entretanto, ainda há decisões importantes no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) a serem tomadas para que o ex-governador possa concorrer à cadeira-mor do Palácio Rio Madeira com seus direitos políticos hígidos, incólumes, intocáveis.
Por ora, ele, que também é ex-senador da República, não tem status legal para lançar-se à corrida eleitoral de 2022. Isto porque, como todos sabem, fora condenado criminalmente pela Suprema Corte por um crime relacionado à fraude em licitação.
À época, o novo Homem do Chapéu [o primeiro fora Múcio Athayde] era prefeito de Rolim de Moura.
O político chegou a carimbar papel no Corpo de Bombeiros como espécie de cumprimento alternativo de pena.
Lado outro, a despeito de sua vida pregressa e ficha corrida, é inegavelmente um personagem que carrega consigo bastante ardor popular, praticamente um oito ou oitenta.
Seu espectro carrega uma falsa imagem de gestor que embora tenha seus defeitos, faz. Trabalha. Manda e desmanda.
Infelizmente essa parcela entre vassalos não consegue enxergar que, no fundo, é o mais do mesmo, representa o passado.
Se conseguir regatar suas credenciais de postulação e for testado nas urnas, ganhando mais uma vez, ótimo.
Paciência.
Será mais um para colocar a imagem do atual presidente da República Jair Bolsonaro em cima do ombro e sair por aí desfilando com jargões batidos da direita.
Seu eleitorado fixo, leal, fiel, pode, sim, pesar na balança, porém a realidade é que a votação, por enquanto, desenha-se absolutamente plural no horizonte.
Candidatos irão aproveitar a queda de popularidade de Bolsonaro para se jogarem no tabuleiro tentando a sorte, e fazendo a pose de oposição.
No fim, ao menos, Cassol terá a oportunidade derradeira de compreender seu tamanho real como figura pública. Se tiver condições de concorrer, e é um se bem grande, e ainda por cima for eleito, outra questão remota, poderá comemorar. Porque a maré não está para o lado dele. Ao menos por enquanto.